terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O Pequeno Alquimista – O Início

Quando eu tinha 8 anos de idade eu vi um folheto que falava sobre a coleção “Os Cientistas” da editora Abril, e a primeira imagem que eu vi foi a de um funil de separação, como o da figura acima. O que seria este equipamento tão interessante ?
Alguma coisa dentro de mim despertou ali e tive novas e estranhas sensações, de mistério, de vontade de aprender, de curiosidade. Foi o início de uma paixão.
Tive então a oportunidade de colecionar os kits de experiências (tenho alguns ainda !) e fazer algumas delas. Afinal, eu era muito pequeno para entender tudo e algumas experiências meu pai fez ao meu lado, e foram momentos de felicidade. Em parte fantasia, em parte brincadeira, em parte conhecimento. Um pequeno químico se formava, ou melhor, ainda era um alquimista. Um pequeno Harry Potter e sua varinha mágica, o bastão de vidro que agitava os tubos de ensaio.
Na época meu pai era um grande sábio e entendia de todas as coisas, e podia me explicar qualquer coisa que eu perguntasse !. E a química foi minha companheira desde então, através do livro mais mágico que qualquer mágico poderia ter e que achei nas coisas dele e logo se tornou meu para sempre: Mellor, Química Inorgânica Moderna (de 1955 !).
Foi quando eu aprendi a magia do fogo, que vou contar para vocês agora. Mas antes deixe-me dizer que em 40 anos de química nunca me queimei ou me cortei seriamente, nem coloquei fogo na casa ou explodi alguma coisa, porque antes de tudo, quem quiser ser um bom químico precisa planejar o que vai fazer antes, saber o que está fazendo, analisar os riscos envolvidos e utilizar equipamentos de segurança. E olha que naquela época tudo era permitido: manipular benzeno, acender a lamparina com álcool, brincar com mercúrio líquido, comprar “ácido muriático” de alta concentração na loja de material de construção, comprar pólvora em casa de macumba... foi realmente uma festa.
Vou ensinar a magia, mas me prometa uma coisa: nunca use seus conhecimentos para o mal, porque você se tornará um “mago negro” e atrairá para si as influências magnéticas da escuridão, porque na física existe um princípio chamado “ação e reação”. Se você fizer mal a alguém certamente você será afetado também, mais cedo ou mais tarde. Me prometa também que você não colocará fogo na sua casa ou apartamento, ou na sua escola, mas usará isto para ver como a química é bela e misteriosa. Prometa que vai fazer a experiência sobre uma pia de granito ou mármore e nunca sobre uma mesa de madeira ou perto de cortinas, panos , álcool, papel ou qualquer material que possa pegar fogo e que você sempre terá a supervisão de um adulto para fazer suas experiências.
Compre glicerina a 95% e permanganato de potássio na farmácia mais próxima. Se vier em comprimidos, use um almofariz para reduzi-lo a pó.
O permanganato é o KMnO4, que em solução aquosa tem um vermelho violeta muito forte (cuidado é venenoso). Ele mancha sua pele e suas roupas, mas não é corrosivo e não se preocupe se manchar suas mãos. Se tiver algum problema de pele, como uma infecção ou feridas, poderá diluir de 0,25% (1g por 400 ml de água) até 1% (1g por 100 ml de água) e passar sobre a pele.
A glicerina é um composto orgânico obtido de óleos ou gorduras vegetais ou animais na fabricação do sabão ou biodiesel. Não é um produto tóxico mas não pode ser ingerido concentrado e é usado industrialmente em alimentos, medicamentos e cosméticos.
Procedimento:
  • Coloque uma folha de papel dentro de uma panela, ou dentro do almofariz.
  • Coloque uma colher de chá de permanganato sobre uma folha de papel.
  • Coloque duas gotas de glicerina sobre o permanganato e cubra com outra folha de papel.
O resultado será fogo !




quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Evidências do Aquecimento Global

Relacionamos abaixo as principais evidências de que está ocorrendo um aquecimento na Terra com o intiuto de alertar a cada pessoa quanto à sua responsabilidade para que as futuras gerações possam ter direito a existir e, principalmente, viver com alegria e qualidade de vida.

O primeiro passo é saber o que está ocorrendo, o segundo é se informar o melhor possível, o terceiro é tomar atitudes que favoreçam o meio ambiente, como plantar uma árvore ou conservar as que existem, separar o lixo e incentivar a coleta seletiva, lutar pelo crescimento da vegetação na sua cidade e pela preservação das espécies, comprar produtos biodegradáveis e de empresas comprometidas com o meio ambiente, votar no partido verde ou em políticos com uma proposta ambiental bem definida, contribuir para o WWF, Greenpeace ou apoiar instituições que valorizem o meio ambiente, e muitas outras atitudes que você poderá descobrir para tentar salvar o planeta. 

Veja abaixo :

Calor recorde

Diversas estações de medição no mundo, como o IAG - USP estão registrando um aumento progressivo e intenso de temperaturas desde 1930. Combinando os dados destas diversas estações, medindo-se a temperatura dos pólos e dos mares já se sabe que há uma tendência mundial de aumento de temperatura. As temperaturas máximas vão gerando progressivamente recordes de temperatura em todo o mundo.


Efeito Estufa

A energia solar chega à Terra na forma de luz visível e atravessa a atmosfera. Quando ela atinge o solo, este esquenta e devolve o calor na forma de radiação ultravioleta. Os gases do efeito estufa são transparentes à luz visível, mas não à ultravioleta, e por isso mantêm parte do calor na Terra. O gás carbônico, óxido de nitrogênio e o metano são gases estufa e estão aumentando intensamente, ano após ano, na atmosfera. Ninguém sabe quanto de carbono estaremos emitindo daqui a 50 anos. Analisando várias estimativas, Stephen Pacala e Robert Socolow, ambos da Universidade Princeton, EUA, concluíram que o crescimento da economia elevará as emissões do planeta à desastrosa quantidade de 14 bilhões de toneladas métricas por ano.


Vapor de água

Um planeta mais aquecido estimula a evaporação da água. Só que o vapor também contribui para o efeito estufa e, ao se espalhar pela atmosfera, aumenta ainda mais o calor. Isso causa mais evaporação, que coloca mais vapor na atmosfera, gerando um círculo vicioso.


Reflexo no Gelo

O gelo é como um espelho que reflete mais de 80% da energia solar que incide nele. Quando o calor o derrete, a área passa a ser ocupada por água, que reflete menos de 10% da luz solar. Isso significa que a região tende a esquentar ainda mais – e, com isso, derreter mais gelo.


Absorção de CO2

Oceanos são os principais responsáveis por tirar gás carbônico da atmosfera. Mas existe um limite para a quantidade que podem absorver – e quanto mais quente, mais perto de atingi-lo. Se isso acontecer, a temperatura do planeta subiria rapidamente.


Gases escondidos

Existem grandes quantidades de matéria orgânica presa em pedaços de gelo muito antigos. Ao derreter, ela fica sujeita à ação de bactérias que a transformam em metano, um poderoso gás do efeito estufa. O calor também estimula que bactérias no solo emitam gás carbônico.


Aerossóis

São partículas sólidas em suspensão, como areia, pólen e fumaça. Muitos aglutinam moléculas de água e formam nuvens densas, que refletem a luz do Sol de volta para o espaço, o que esfria o planeta. Controlar a emissão desses poluentes, que é necessário para a saúde pública, pode acabar esquentando ainda mais o planeta.


Mar em Ascensão

A previsão é de que os oceanos subam entre 9 e 88 centímetros no próximo século. Vai ser suficiente para que a população inteira de países em pequenos arquipélagos como Tuvalu e as Ilhas Marshall tenham de migrar para outros lugares.


Degelo

Quando uma geleira começa a derreter, é difícil fazê-la parar. Ela forma rachaduras que levam água até o fundo e lubrificam o contato com a rocha, fazendo com que o gelo escorregue mais rapidamente.


Icebergs

A água e os blocos de gelo que as geleiras lançam ao mar contribuem para aumentar o nível dos oceanos. Esse processo se acelera quando as grandes placas de gelo que estão na base se desprendem.


Dilatação

O principal fator para o aumento do nível dos oceanos é que eles estão esquentando – cerca de meio grau nos últimos 60 anos. Como qualquer coisa que esquenta, a água se dilata, expandindo o mar.


Invasões marinhas

Um mar mais alto invade praias e cidades, mas isso é só o começo. A elevação causa uma erosão das áreas costeiras, leva água salgada aos aqüíferos e causa sede, além de obrigar populações inteiras a se mudar.


Austrália seca

Correntes úmidas vindas do oceano Pacífico costumavam cair sobre a Austrália e irrigar plantações. Mas, nos últimos 30 anos, ventos na região se aceleraram e agora as chuvas caem mais adiante, no meio do mar.


Ciclones até aqui

O aquecimento global pode ter esquentado as águas do Atlântico Sul a ponto de permitir que elas formem furacões. Em todo o mundo, a velocidade e a duração desses fenômenos aumentou 50% nos últimos 50 anos.


Europa fria

O aquecimento enfraquece uma corrente de água quente do Atlântico que segue em direção à Europa. Se ela parar completamente, em apenas 6 anos grande parte da Europa sofrerá invernos de 20 oC negativos.


Secas e Enchentes

Dois dos maiores problemas. Além de trazer sede e fome, as secas podem levar pessoas e até países a conflitos pela água que resta. Já as enchentes estão entre as maiores causas de prejuízos por catástrofes naturais no planeta.


Falta de água

Quanto mais quente o clima, mais as plantas transpiram e mais a água presente no chão evapora. Dessa forma, as áreas afetadas por secas severas dobraram nos últimos 30 anos e já representam um terço do planeta.


Raios

A capacidade do ar de absorver água cresce junto com o calor e massas de ar mais úmidas formam mais raios. Um estudo sugeriu que 1 oC de aumento na temperatura eleva em 40% a quantidade de raios em latitudes iguais às da Europa e EUA. O INPE tem estudos que já correlacionam a incidência de raios com o aquecimento global.


Inundações

Uma hora, toda essa água acumulada nas nuvens tem de cair. Em um só dia, é possível ter a mesma quantidade de chuva de um mês inteiro. A tendência ao aumento de inundações têm sido observada em todos os continentes.


Extinções

Até 37% das espécies do planeta estarão extintas até 2050 – e esta é uma estimativa otimista. ela não leva em conta a interação do clima com fatores como o desmatamento e barreiras para a migração, como estradas, cidades e plantações.


Ártico

Presos pelo gelo que se derrete os animais não têm para onde migrar em busca de frio. A previsão era de que até 2070 a região não teria mais neve no verão, mas depois de 4 anos de degelos recordes, acredita-se que o gelo acabará bem antes.


Corais

A base da alimentação dos corais é uma alga colorida que morre com uma pequena elevação na temperatura. Quando isso acontece, a área se torna branca e sem vida. Com esse efeito, o El Niño de 1998 exterminou um sexto dos corais do planeta.


Florestas

O aquecimento retira água do solo e faz as plantas transpirarem mais, o que aumenta nelas a necessidade de água. A partir de um ponto, a floresta deixa de se adaptar ao ambiente e entra em colapso.

Pode parecer estranho, mas é mais fácil prever o clima no planeta inteiro do que em um só país. Para isso, é preciso não só saber os fatores que influenciam todo o mundo como calcular a interação deles com montanhas, florestas e cidades. Os cientistas já sabem que, na pior das hipóteses, a temperatura na América do Sul subirá entre 2 e 6 oC – limitar as emissõs de gases reduz o problema para entre 1 e 4 oC. A maior complicação é calcular como esse calor vai interferir no regime de chuvas no Brasil: cada programa de computador dá um resultado diferentes do outro. Mas tirando uma média entre as diferentes previsões, os cientistas conseguem ter uma idéia razoável de como ficarão o clima e os ecossistemas por aqui. "A tendência é que uma vegetação substitua a outra: floresta vira cerrado, cerrado vira caatinga e caatinga vira semi-deserto", diz Carlos Nobre, do CPTEC.


Savana Amazônica

O aquecimento global e o desmatamento na Amazônia tendem a tornar o clima da região mais quente e seco. Isso levará a uma vegetação típica do cerrado, com vegetação adaptada a períodos sem chuvas e a muitos incêndios. As florestas sobrevivem apenas no extremo oeste.


Sem cerrado

Um estudo realizado no Centro Hadley, na Inglaterra, analisou 138 espécies de árvores do cerrado e concluiu que as mudanças climáticas podem levar 24% delas à extinção até 2050. Muitas regiões podem ganhar características semelhantes às da caatinga.


Deslizamentos

Com mais vapor na atmosfera, a população sofrerá ainda mais com enchentes, inundações e deslizamentos, principalmente nas serras do Mar e da Mantiqueira. O problema fará mais vítimas, no entanto, em centros urbanos como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Recife e Salvador.


Plantações

Um possível aumento de 5,8 oC acabaria com as plantações de café de Goiás e com 97% das de São Paulo e Minas Gerais. "O clima do sudeste pode se tornar igual ao da Bahia, o que obrigaria à plantação de culturas como coqueiros e caju na região", diz Hilton Silveira Pinto, da Unicamp.


Semi-desertos

Os cenários até prevêem uma elevação das chuvas, mas isso pouco importa. O calor vai aumentar tanto a evaporação que lagos e açudes se tornarão ainda mais secos. A vegetação da caatinga ficará mais pobre, algumas áreas se tornarão semi-desertos e a agricultura será ainda mais difícil.


Invasão marinha

O aumento do nível do mar atacará especialmente o Nordeste, onde as praias são pouco inclinadas e afundam suavemente. "Quando o mar se eleva, a erosão nesse tipo de costa é muito maior", diz o oceanógrafo Dieter Muehe, da UFRJ. Recifes e falésias protegerão alguns lugares.


Mudanças na Vegetação

El Niños mais intensos aumentarão as chuvas no sul do Brasil. Com mais calor e umidade, a região ganhará uma vegetação parecida com a da Mata Atlântica, um pouco mais pobre por conta da diferença de solo. Já as típicas araucárias resistirão, quando muito, só nas partes mais altas e frias.


Furacões

Em março de 2004, o furacão Catarina atingiu a costa da Região Sul com ventos de 150 km/h. Foi inédito na região. É possível que seja fruto do aquecimento – e apenas o primeiro de muitos. Se comprovado, as construções na região precisarão ser reforçadas daqui em diante.


Conclusão

Se fosse só pelo efeito estufa, dobrar a concentração de gases aumentaria a temperatura do planeta em 1,2 oC. Somando os outros efeitos, os cientistas acreditam que a mesma quantidade de gás aumentará a temperatura da Terra entre 1,5 oC e 4,5 oC.

Esta matéria foi extraída e adaptada da revista Superinteressante de outubro de 2005

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Um Assunto Quente: o Aquecimento Global


Afinal, está ou não havendo aquecimento global ?
A atividade humana (atividade antrópica)faz com que o gás carbônico esteja se acumulando na atmosfera, pela queima dos combustíveis fósseis. Mas, ele é o responsável pelo aquecimento global ?

Existe o Efeito Estufa ? O gás carbônico é responsável por ele ?

Essas e outras dúvidas podem ser esclarecidas em um artigo que sintetiza todos os principais conhecimentos dos últimos anos e mostra quem está no caminho certo, se a comunidade científica mundial ou um grupo de cientistas que são denominados de céticos, porque não crêem no Aquecimento Global Antropogênico.


Aquecimento Global: Mito ou Realidade ?


Ao leitor, boa viagem !  Agradeço pelos seus comentários.